18 de setembro de 2020
Rosh Hashaná 5781/2020 – O desafio deste novo ciclo e a oportunidade de (re)construir o futuro
Todo começo de ciclo marca o término de outro. Em Rosh Hashaná isso fica muito claro porque o olhar para o ano que se inicia vem a partir de um longo processo de reflexão sobre o ano que chega ao fim. Nesta época, fazemos o Cheshbon Nefesh, que se traduz literalmente como a contabilidade da alma, mas diz respeito a um trabalho introspectivo, um olhar para dentro, quando avaliamos nossas ações e fazemos um julgamento interno sem o objetivo de se culpabilizar, senão com a intenção de entender como podemos melhorar e que caminhos queremos seguir a partir de agora.
Esse ano, especialmente, a data ganha um significado ainda mais forte, uma vez que vivemos em tempos muito angustiantes. Tivemos que adquirir novos hábitos, mudar costumes básicos e nos adaptar a medidas desagradáveis, porém necessárias para evitar um mal maior. Nossa vida se transformou radicalmente e, talvez, nunca tenha ficado tão claro o quanto uma ação individual impacta na vida dos demais. Somos responsáveis uns pelos outros e a pandemia tornou isso ainda mais evidente.
Segundo a tradição judaica, estamos entrando no ano 5781. Como educadores, que aprendamos a partir destes desafios e que possamos transformar nossa realidade para nós e para as próximas gerações. Como disse o sábio Hillel “Se não eu por mim, quem por mim? Se eu for só por mim, quem sou eu? Se não for agora, quando?” (Pirkei Avot 1: 14).
Shaná Tová Umetuká! Um ano bom e doce!
Shnat Briut! Um ano de saúde!