11 de junho de 2019
Se quando eram pequenos já era difícil fazê-los comer, agora que estão mais crescidinhos e independentes, a tarefa muitas vezes pode parecer impossível!
Alguns adolescentes passam por fases complicadas com a sua alimentação, desde o exagero com bobagens como doces, salgadinhos e refrigerantes – as temidas junk foods! -, até o interesse por “dietas das famosas”, que podem afetar sua saúde.
Hoje vamos compartilhar cinco dicas sobre como tornar a alimentação saudável uma realidade para o seu filho.
O ideal é introduzir uma alimentação consciente e autônoma desde a primeira infância, mostrando para a sua criança que comer bem também é gostoso, colorido e que tomar boas decisões significa se cuidar para estar sempre na melhor forma possível em relação à saúde.
Converse sobre boa alimentação
Nós sabemos que a adolescência é a época das opiniões fortes e pouca paciência, mas a dica número um dos nutricionistas é começar a alimentação saudável com uma conversa aberta sobre o assunto!
Colocar limites, estabelecer “dias de folga” e também o que é permitido dentro de casa ou não é uma forma de envolver seu filho nas decisões sobre o que ele vai comer, criando uma sensação de cumplicidade e proporcionando algo muito importante para eles nessa época: a possibilidade de ter uma voz no assunto.
Dê exemplo
Filhos aprendem aquilo que vêem dentro de casa – sim, isso é um clichê, mas é uma das maiores realidades.
Uma alimentação balanceada, saudável e que é associada a coisas boas começa com os pais dando exemplo para os filhos. Separar horários para que as refeições aconteçam em família, longe de televisões e celulares, impacta muito na forma como seu filho cresce e cria consciência do que é o ato de alimentar-se.
Aqui o ideal é olhar para o que você está comendo e como se comporta com a sua alimentação.
Mude a percepção
Temos que quebrar o estereótipo de que a comida saudável é uma comida sem graça, sem sabor e sem diversão.
A forma como falamos de comida e nos relacionamos com a alimentação impacta na maneira como os nossos filhos vão perceber e se relacionar com ela. Tratar a alimentação balanceada como uma obrigação, e não como uma escolha, é permitir que seu filho veja isso como algo ruim.
Apresente pratos saudáveis refrescantes, saborosos e coloridos, sempre chamando atenção para o bem que aquilo faz – e para o quão gostoso pode ser! E uma boa ideia é trazer mais para perto do seu adolescente aquilo que muitos chamam de “comida de adulto”, como temperos exóticos, vegetais que estão menos habituados e culinárias locais. Um peixe com curry, saladas de grão de bico, pastas de beterraba… A hora que transformamos a comida em algo gostoso e que pode ser aproveitado com todos à mesa é a hora que transformamos a relação dos adolescentes com a sua própria alimentação.
Fique atento ao sinais
Tanto para o muito, quanto para o pouco, devemos nos atentar à forma como nossos filhos estão se relacionando com a alimentação.
O exagero pode levar à obesidade e problemas de saúde extremos como disfunções renais e hepáticas. Mas a privação pode desencadear fatores perigosíssimos como doenças de dismorfia corporal, caso da anorexia e da bulimia.
A pressão que os adolescentes sofrem com as mudanças corporais e toda a confusão que é estar nesse momento da vida faz com que eles tomem medidas desesperadas, usando a comida como fuga ou como punição. Pesquisas recentes mostram o aumento das dietas extremistas tanto entre meninas como entre meninos adolescentes, assim como um aumento no interesse por cirurgias plásticas.
Os que sofrem com sobrepeso, principalmente com predisposição genética para obesidade, também sofrem por conta do desenvolvimento de doenças. E aqui fica o nosso aviso: nem sempre comer muito é sinal de boa nutrição, uma vez que muitas crianças apresentam sinais de subnutrição, estejam elas acima ou abaixo do peso ideal.
Isso pode ser revertido com conversas sinceras, acompanhamento nutricional com especialistas qualificados e, principalmente, com a diminuição ao acesso à redes sociais. Um estudo conduzido pela Universidade de Liverpool descobriu que as crianças que seguem suas estrelas favoritas nas mídias sociais são mais propensas a escolherem comidas altamente calóricas depois de verem seus ídolos consumindo esse tipo de alimentação. Já uma pesquisa realizada na Austrália e na Nova Zelândia mostrou que os adolescentes são alvos fáceis de campanhas de bebidas com açúcar realizadas em plataformas como Facebook e Instagram.
Busque ajuda profissional
Já ouviu falar de nutricionistas que trabalham com reeducação alimentar? Eles são profissionais voltados para trabalhar o lado psicológico das pessoas para que elas estabeleçam uma relação muito mais saudável e positiva com a comida.
A chave aqui é trabalhar com a percepção de que comida é uma parte fundamental da nossa saúde e da nossa socialização, mas jamais usá-la como refúgio emocional ou como recompensa. O que achou dessas dicas? Já usa alguma em casa? Nós vamos adorar saber e compartilhar com os outros pais!
Nossa escola está sempre atenta às particularidades ou restrições alimentares de cada aluno. O cardápio elaborado por uma nutricionista privilegia alimentos leves e saudáveis, e mistura eternos favoritos com novidades, para conseguir, aos poucos, ampliar o repertório alimentar das crianças.
Agende uma visita à Escola Eliezer Max para saber mais sobre esse assunto